O motorista assobiava. Um homem escutava música no fundo do ônibus. Todos mudos para o mundo.
A melodia que saia dos lábios do motorista envolvia o espaço em melancolia. Tudo naquele momento bradava uma solidão esperançosa antes por mim desconhecida.
O ônibus parou para o próximo passageiro. Um homem velho com a barba por fazer, que embriagado sentou-se na primeira cadeira que viu. O motorista, que ainda assobiava, parecia não ligar para a cantoria do bêbado. O conjunto dos dois não soava como Caetano, mas certamente era incrível.
Posso afirmar com toda certeza que nunca antes havia presenciado tamanha demonstração da natureza humana. Aquele momento insignificante mostrou-me o mundo.
Assim éramos todos:
alheios
incompletos
únicos
Sinto falta de compartilhar minhas crônicas por aqui! Acontece que não tenho escrito muitas - ultimamente tenho preferido a poesia, sinto-me mais livre. Inclusive, esse texto foi escrito em poesia e só depois transformado em prosa. Enfim... tive inspiração pra crônica quando estava voltando da escola, em um dia chuvoso e nos 37's da vida. É estranho como a banalidade do dia a dia é poesia aos olhos de quem escreve.
Azevedo da Silva
eu sempre fico totalmente sem palavras com o que você escreve, só consigo dizer que amo muito os textos que você faz.
ResponderExcluirparabéns.
http://www.folhasdeoutono.com/
Muito obrigada, flor! ^-^ Você não sabe como comentários como o seu me deixam feliz! <3
ExcluirBeijos,
Karen
Oii Karem, tudo bem?
ResponderExcluirMenina que texto é esse ein. Você arrasa nos textos e adoro lê-los. Haha Você tem talento pra escrita, invista nisso. ♥♥
Beijão! ♥♥♥♥
http://leitora-mirim-oficial.blogspot.com.br/
Muito obrigada, flor! Escrever sempre foi a minha paixão <3
ExcluirBeijos,
Karen